Vemos todos os dias a crescente valorização do saber teórico, leva-se mais em conta a opinião de um profissional quando são conhecidas as certificações e os diplomas que ele possui. Está errado? De maneira nenhuma! Especializações, pesquisa, teses e todo estudo possível e, tão acessível hoje, nos diferencia, certamente, mas isso não deve nos bastar na busca pelas melhores alternativas.
Ocorre que, se focarmos apenas em conhecimento acadêmico e na vaidade produzida por ele, podemos estar desprezando o conhecimento adquirido após colocar “a mão na massa” por anos a fio. Quem executa a atividade nas bases, no “chão de fábrica”, pode não ter tantos diplomas quanto enchem nossos olhos, mas sem dúvida sabe muito bem quais alternativas otimizariam o tempo investido nas atividades que desempenha, qual a forma mais eficiente de evitar perdas em determinada matéria-prima ou em que momento o trabalho pode sofrer mais com falhas no processo.
Em matéria que li hoje, na revista Época Negócios, é citado exemplo prático de uma excelente ideia para solução de problema originada de colaborador do “chão de Fábrica” e também a importância em se criar mecanismos para estimular a geração do conhecimento em toda a empresa.
A experiência do trabalho diário numa determinada tarefa gera um conhecimento enorme que muitas vezes supera o que é aprendido num banco escolar. E, assim, também precisa ser levado muito a sério.
É por valorizar esse conhecimento que a Tnext valoriza realizar levantamentos ricos em detalhes, a partir de conversas que incluem, sempre que possível, quem está “na área” e vivencia a rotina, o dia-a-dia da operação, onde a maioria dos problemas surgem e para onde as melhorias também vão gerar relevante impacto. Acreditamos que a união do conhecimento teórico e prático colabora para o sucesso de um projeto.
Matéria citada http://epocanegocios.globo.com/colunas/Enxuga-Ai/noticia/2016/09/ouca-mais-quem-esta-no-gemba.html, em Época Negócios
Foto: https://www.pexels.com/photo/meeting-pencils-macbook-notebooks-40120/